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terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Polo Norte vai se tornar um mar aberto durante o verão no prazo de uma década, segundo dados divulgados hoje por um grupo de exploradores que pesquisaram o Ártico por três meses. O grupo Catlin Arctic Survey, liderado pelo explorador Pen Hadow, mediu a espessura do gelo durante o trabalho realizado neste ano na parte norte do Mar de Beaufort, no Polo Norte. Suas descobertas mostraram que a maioria do gelo da região é gelo que deforma de um ano para outro, com profundidade de apenas 1,8 metro e que vai derreter no próximo verão. Tradicionalmente a região apresenta gelo mais espesso, acumulado em vários anos, que não derrete tão rapidamente. "Com a maior parte da região coberta por gelo que se forma de um ano para o outro, ela está claramente mais vulnerável", disse o professor Peter Wadhams, que integra o Polar Ocean Physics Group da Universidade de Cambridge, que analisou os dados. "A área tem mais probabilidade de se tornar um mar aberto a cada verão, indicando a data potencial quando o gelo de verão do oceano tiver desaparecido completamente". Wadhams disse que os dados do Catlin Arctic Survey dão suporte a um novo consenso de que o Ártico não terá gelo de verão em 20 anos. Matin Sommerkorn, do World Wildlife Fund (WWF) disse que o mar ártico tem uma posição central no sistema climático da Terra. "A perda de cobertura de gelo tem recentemente sido avaliada como algo que vai iniciar potentes respostas climáticas que terão impacto além do próprio Ártico", disse ele. "Isso pode levar a enchentes que afetarão um quarto da população mundial, aumentos substanciais das emissões de gases do efeito estufa de grandes reservatórios de carbono e tornar mais extremas as mudanças climáticas globais". Nova rota O aquecimento global elevou o interesse sobre a questão da soberania no Ártico, porque o encolhimento do gelo polar pode abrir uma fonte de desenvolvimento e novas rotas marítimas. O rápido derretimento do gelo aumentou as especulações de que a passagem noroeste ligando os oceanos Atlântico e Pacífico pode um dia se tornar uma rota marítima regular. O resultado da análise dos dados foi divulgado enquanto negociadores se preparam para um encontro em Copenhague para esboçarem um novo pacto climático.

BARCELONA, Espanha — As ações brasileiras para reduzir as emissões provocadas pelo desmatamento na Amazônia ficaram em sexto lugar em uma lista que classifica as melhores medidas específicas na luta contra o aquecimento global, apresentada nesta quinta-feira na Espanha.
Intitulado "O melhor e o pior das políticas climáticas e da recuperação econômica", o relatório apresentado pelas ONGs ambientais WWF e E3G, avalia as ferramentas utilizadas pelos países do G20, medindo o sucesso ambiental e econômico.
Na primeira e segunda posição ficou um programa de "eficiência energética em edifícios" do governo alemão.
O relatório salienta que as políticas climáticas não apenas geram benefícios ambientais, mas também melhoraram e diversificam a economia, levando-se em conta que os países do G20 são responsáveis por três quartos das emissões de gases de efeito estufa no mundo.
"Este relatório mostra que os governos que aplicam medidas para combater a mudança climática terão êxito e ocuparão uma posição de liderança", disse Kim Carstensen, diretor da iniciativa global das alterações climáticas da WWF.
"Apelamos ao G20 para conduzir uma estratégia de investimento na economia verde", acrescentou.
Os ministros da Fazenda do G20 se reúnem neste fim de semana na Grã-Bretanha, onde deverão apresentar propostas concretas sobre o financiamento para ajudar países emergentes a desenvolver uma economia de baixa emissão de carbono.

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