O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Kemal Dervis...
O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Kemal Dervis, afirmou na última quarta-feira (28), no Primeiro Painel de Debate sobre o Relatório Global do Desenvolvimento Humano 2007/2008, que as conseqüências do efeito estufa sobre a humanidade ainda são desconhecidas e não se pode mensurá-las.
Mas reiterou que as comunidades pobres serão as mais afetadas pelo aquecimento global: "Nossa responsabilidade é trabalhar para reduzir esses efeitos e as possibilidades de catástrofes, principalmente nas regiões pobres. Este é o desafio e a nossa responsabilidade maior: reduzir os impactos das mudanças climáticas sobre os países mais pobres, principalmente na África. Eles estão ameaçados e devemos canalizar recursos para reduzir os riscos de catástrofes de proporções ainda inimagináveis.”
Dervis lembrou que 70% dos gases tidos como causadores do efeito estufa foram emitidos nos últimos 200 anos por atividades industriais nos países mais ricos; 28%, por países de rentabilidade média, como a Índia, o Brasil e a Turquia; e apenas 2% por países mais pobres. “Não é justo que agora eles venham a pagar por isto. Serão necessários alguns sacrifícios no curto prazo por parte das nações mais desenvolvidas”, afirmou.
Ele citou estimativas que indicam a necessidade, a cada ano, de investimentos médios de cerca de US$ 300 bilhões por parte dos países desenvolvidos para se tentar frear e reduzir essas conseqüências do efeito estufa.
“Os países terão investir na melhoria tecnológica e no melhor aproveitamento de suas fontes energéticas como forma de reduzir as emissões. Ou daqui a 30 anos os recursos necessários já serão cerca de 30% mais altos em relação às atuais estimativas", alertou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário