Pesquisar

domingo, 31 de outubro de 2010

Concentração de gases na atmosfera eleva temperatura










Cientistas apontaram no relatório final do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas) da ONU que a temperatura média da Terra aumentou entre 0,3ºC e 0,6ºC no século 20 devido à elevada concentração de gases na atmosfera -CO2 (queima de combustíveis fósseis, atividade industrial, queimada de florestas), NO2 (ação das bactérias dos solos) e CH4 (decomposição de matéria orgânica).

Inegavelmente, a ação humana é responsável pela maior parte da emissão de gases estufa na atmosfera: cerca de 60% das emissões resultam da queima e produção de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural do petróleo e carvão mineral), decorrentes dos modelos de desenvolvimento industrial e das políticas energéticas adotadas por países desenvolvidos (EUA, Federação Russa, Japão, Alemanha) e (mal) copiadas por países em processo de industrialização (República Popular da China, Índia).

Pesquisadores sustentam que, se a atual tendência for mantida, a temperatura da Terra poderá subir 3,5ºC até 2050, com conseqüências catastróficas: furacões, secas, derretimento das massas de gelo, elevação dos níveis dos oceanos, mudança nas dinâmicas dos ventos e chuvas, alteração dos ecossistemas e possível extinção de espécies da flora e da fauna, além do impacto econômico, sobretudo na agricultura.

Temendo isso, o Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, prevendo que entre 2008 e 2012, a emissão de gases estufa seja reduzida em 5% sobre os níveis de 1990, tido como o ano mais quente registrado.
Como os países ricos "queimam" 80% dos recursos da Terra, eles são os grandes responsáveis pelas mudanças no clima e devem começar a repensar as políticas industrial e energética.
Nesse caso, o vilão da história são os EUA, maior emissor de CO2 do mundo (25%) -país contrário à determinação de um limite de emissão de gases estufa, pois, com isso, teria de modificar o seu modelo econômico.
Independentemente da opinião do Tio Sam, a sétima conferência da ONU sobre mudança climática, ocorrida no Marrocos, estabeleceu que todos os governos são responsáveis pelo bem-estar das futuras gerações. Se o Protocolo de Kyoto não for respeitado e as previsões catastróficas se cumprirem, o mundo terá feito consigo aquilo que os Bin Ladens ainda não conseguiram.

SOLUÇÕES PARA SALVAR O PLANETA




Muitos têm alertado a respeito do alto custo do aquecimento global para a humanidade. Os jornais e os noticiários de TV estão cheios de previsões tenebrosas sobre o colapso da economia mundial: milhões morrerão ou serão desalojados em virtude de secas, fomes e inundações, enquanto Londres, Nova York e Tóquio, juntamente com outras cidades litorâneas, afundarão nos mares cujo nível subirá. Um relatório também predisse que todos os frutos do mar estarão extintos em cinqüenta anos.

A respeito desse panorama há diversas possibilidades. As principais são:

1. O aquecimento global é real e causado pela atividade humana (queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás, queima das florestas tropicais, etc.). Por isso, os governos devem tomar medidas urgentes para salvar o mundo da catástrofe.

2. O aquecimento global é real mas não se tem certeza sobre as causas. Pode tratar-se de atividade solar e parte de um ciclo de aquecimento e esfriamento das temperaturas na Terra. Nesse caso, não há nada que os governos possam fazer a respeito.

3. O aquecimento global é um engano usado por aqueles que querem implantar um governo mundial. Eles estão tentando amedrontar as pessoas para que se submetam aos seus planos.

Vamos analisar essas questões:

1. O aquecimento global é real e causado pela atividade humana

De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (PIMC), apoiado pe la ONU , as temperaturas globais poderão aumentar entre 1,4° C e 5,8° C entre 1990 e 2100. O aumento das temperaturas, por sua vez, poderá provocar outras mudanças, inclusive o aumento do nível dos oceanos, a quantidade e o padrão das chuvas. É possível que essas alterações aumentem a freqüência e intensidade de eventos meteorológicos extremos como inundações, secas, ondas de calor, furacões e tornados. Outras conseqüências incluem reduções na produção agrícola, diminuição das geleiras, redução das correntes de verão, extinção de um grande número de espécies e o aumento de organismos transmissores de doenças.
Em seu congresso de 2003, a Sociedade Meteorológica Americana adotou uma declaração que dizia:
As atividades humanas tornaram-se uma fonte destacada de mudanças ambientais. Muito urgente é [considerar] as conseqüências da abundância crescente de gases de estufa na atmosfera... Como os gases de estufa continuam aumentando, estamos, na realidade, realizando uma experiência climática global, que não foi planejada nem é controlada, cujos resultados poderão apresentar desafios sem precedentes ao que conhecemos e prevemos. Eles também poderão ter impacto significativo sobre nossos sistemas naturais e sociais. Trata-se de um problema de longo prazo que requer uma perspectiva de longo prazo. Importantes decisões aguardam os atuais e futuros líderes nacionais e mundiais.

Países mais pobres serão os mais afetados pelo aquecimento global



O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Kemal Dervis...

O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Kemal Dervis, afirmou na última quarta-feira (28), no Primeiro Painel de Debate sobre o Relatório Global do Desenvolvimento Humano 2007/2008, que as conseqüências do efeito estufa sobre a humanidade ainda são desconhecidas e não se pode mensurá-las.

Mas reiterou que as comunidades pobres serão as mais afetadas pelo aquecimento global: "Nossa responsabilidade é trabalhar para reduzir esses efeitos e as possibilidades de catástrofes, principalmente nas regiões pobres. Este é o desafio e a nossa responsabilidade maior: reduzir os impactos das mudanças climáticas sobre os países mais pobres, principalmente na África. Eles estão ameaçados e devemos canalizar recursos para reduzir os riscos de catástrofes de proporções ainda inimagináveis.”

Dervis lembrou que 70% dos gases tidos como causadores do efeito estufa foram emitidos nos últimos 200 anos por atividades industriais nos países mais ricos; 28%, por países de rentabilidade média, como a Índia, o Brasil e a Turquia; e apenas 2% por países mais pobres. “Não é justo que agora eles venham a pagar por isto. Serão necessários alguns sacrifícios no curto prazo por parte das nações mais desenvolvidas”, afirmou.
Ele citou estimativas que indicam a necessidade, a cada ano, de investimentos médios de cerca de US$ 300 bilhões por parte dos países desenvolvidos para se tentar frear e reduzir essas conseqüências do efeito estufa.
“Os países terão investir na melhoria tecnológica e no melhor aproveitamento de suas fontes energéticas como forma de reduzir as emissões. Ou daqui a 30 anos os recursos necessários já serão cerca de 30% mais altos em relação às atuais estimativas", alertou.

'Países ricos são responsáveis por aquecimento global', dizem emergentes


BERLIM - Os líderes dos cinco principais países emergentes ressaltaram nesta quinta-feira que a maior responsabilidade frente à mudança climática deve ser assumida pelos países industrializados. A China e a Índia expressaram sua rejeição às exigências em excesso que lhe podem ser impostas.
Por outro lado, o presidente do México, Felipe Calderón, reiterou sua convicção de que o grupo dos cinco maiores países emergentes - Brasil, China, Índia, México e África do Sul - também tem uma grande responsabilidade e lembrou que os países emergentes podem ser os mais afetados pelo aquecimento global.
- Compartilhamos com a ONU o princípio de que temos responsabilidades comuns, mas diferenciadas frente à mudança climática. A principal responsabilidade é dos países que mais contribuíram para o aquecimento da Terra - disse Calderón em entrevista coletiva depois de se reunir com os líderes dos outros países emergentes.
No entanto, Calderón insistiu que esse grupo de cinco países não está isento de responsabilidades, pois é composto por países em desenvolvimento que têm que trabalhar pelos próprios interesses.
- Podemos ser os mais afetados pelo aquecimento global como mostram os danos causados no México por furacões como nunca antes foram registrados - completou o presidente.
Enquanto o México falava da necessidade de assumir responsabilidades, embora menores que as dos países em desenvolvimento, a China e a Índia reforçavam seu medo de que muitas exigências podem frear seu desenvolvimento econômico. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, anunciou que pensa em lembrar aos países-membros do G8 que seu país já reduziu em um quarto as emissões de dióxido de carbono e que, em relação ao tamanho da população, apenas 4% das emissões procedem da Índia.
Os países do G8 chegaram nesta quinta-feira a um acordo sobre a proteção do clima e os líderes abordaram a necessidade de buscar caminhos para reduzir pela metade as emissões de gases do efeito estufa até o ano 2050.
Calderón chamou o acordo de "compromisso híbrido" entre os propósitos fixados pela União Européia (UE), que ele qualificou de valentes, e as resistências de dois dos países do G8 - precisamente o Canadá e os Estados Unidos - para definir metas concretas de redução das emissões.
Um comunicado de imprensa conjunto informou que os líderes do grupo de cinco países reafirmaram sua convicção de que os países em desenvolvimento "devem participar mais ativamente da consolidação de estratégias e iniciativas que efetivamente enfrentem os desafios de um mundo globalizado e cada vez mais interdependente".
Calderón ressaltou que, na reunião realizada por iniciativa mexicana, os cinco líderes falaram da necessidade de se reunir com maior freqüência para articular sua importância:
- Esse grupo representa 40% da população mundial e esse peso específico deve ser articulado de maneira mais estruturada e eficaz - declara.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DERRETIMENTO DAS GELEIRAS



Derretimento de geleiras deve provocar o desaparecimento de cidades

Vindas das mais variadas fontes, as notícias sobre o futuro da humanidade não são nada boas. Não há mais volta: mesmo que mudemos radicalmente nossa forma de relação com o planeta a partir de hoje, o prejuízo causado por nossas ações predatórias já atingiu um nível tamanho que o derretimento das geleiras deve provocar o desaparecimento de todas as cidades ao nível do mar no máximo até o final deste século. Essa triste previsão está num artigo publicado há pouco mais de um mês pelo cientista britânico James Lovelock, autor da famosa Teoria de Gaia (segundo a qual a Terra assemelha-se a um organismo vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções).

Ainda segundo Lovelock, a elevação da temperatura em até 8ºC nas regiões temperadas e 5ºC nos trópicos vai provocar também, antes de 2100, impactos desastrosos no equilíbrio ecológico, como a extinção maciça de espécies vegetais e animais e o desaparecimento de vastas áreas selvagens como a Floresta Amazônica, decretando o fim da maior parte da vida na Terra, com a morte de milhões, talvez bilhões de pessoas. Na opinião do cientista, governos sérios e responsáveis deveriam começar a desenvolver cartilhas com orientações aos sobreviventes sobre como lidar com as difíceis condições de vida neste futuro sombrio.
A reação do mundo a um alerta como esse, vindo de um dos mais reconhecidos cientistas do nosso tempo, deveria ser de comoção popular. Deveríamos parar tudo e começar a centrar nossos esforços em formas de ao menos minimizar os tenebrosos efeitos anunciados. Mas nada disso aconteceu e tudo segue normalmente como se essa fosse apenas mais uma notícia trivial e corriqueira. Um jornal publica o artigo, outro dá uma nota curta e seca e assim vamos tocando nossas vidas normalmente.

Essa atitude seria compreensível se a visão de Lovelock fosse apenas uma no meio de outras conflitantes. Poderíamos confortavelmente acusá-lo de louco, exagerado, catastrófico. Mas não é o caso. Já não são levadas a sério as cada vez mais raras correntes científicas que colocam em dúvida o fato de que a Terra sofre um processo de aquecimento acelerado, dificilmente reversível.

Segundo o Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa, 2005 foi o ano mais quente desde o início dos registros climáticos modernos, em 1890. E, pior, de acordo com o instituto, todos os cinco anos mais quentes durante este período ocorreram na última década, mostrando clara tendência de aquecimento global. Um representante do órgão declarou à imprensa que, usando medições indiretas que vão a um passado ainda mais remoto, o ano passado foi provavelmente o mais quente dos últimos milhares de anos. Mais uma notícia que lemos e viramos a página, sem dar muita atenção.

Mais: um aumento de 3ºC na temperatura média da Groelândia duplicou a quantidade de água que suas geleiras vêm derramando no Oceano Atlântico, segundo recentes pesquisas do Laboratório de Propulsão a Jato e do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Há registros de diminuição das geleiras no Himalaia, nos Andes, no Monte Kilimanjaro, e a única estação de esqui da Bolívia, Chacaltaya, fechou porque sua neve está acabando.

Acha pouco? A lista é longa, o espaço de um artigo é limitado. O diretor da Pesquisa Antártica do Reino Unido, Chris Rapley, disse, em janeiro passado, durante reunião da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, que algumas partes da camada de gelo da Antártida começaram a derreter em um ritmo assustadoramente intenso e anormal. Rapley afirmou que, há apenas cinco anos, a Antártida era considerada como um gigante adormecido em termos de mudança climática. "O gigante despertou e é melhor que se preste atenção nele", disse o cientista. Ninguém parece muito preocupado. A humanidade finge não ver o que está acontecendo.

Enquanto isso, James Hansen, o principal especialista em mudança climática da Nasa, denuncia uma tentativa do governo dos EUA de silenciá-lo. A campanha começou depois de um discurso proferido em dezembro passado, quando Hansen pediu a rápida redução na emissão dos gases estufa, relacionados ao aquecimento global. Segundo ele, diretores da Nasa deram ordem aos responsáveis pelas relações públicas do órgão para revisar os textos de suas futuras conferências, suas publicações no sítio do instituto na Internet e para controlar os pedidos de entrevistas de jornalistas.

Há caminhos que podem ser trilhados se a humanidade realmente abrir os olhos para a questão. Uma série de ações voltadas ao fomento de fontes de energia renováveis, em um livro elaborado por 250 analistas internacionais, foi apresentada recentemente pelo diretor-executivo da Agência Internacional da Energia, Claude Mandil. Aparecem, entre elas, as energias produzidas pelo vento, o sol, as fontes geotérmicas e os oceanos. Ótimo, não? Não, se o raciocínio que só encontra sentido na produção otimizada e no lucro continuar reinando absoluto. Segundo o próprio Mandil, o grande problema de suas propostas é o custo econômico alto para trazê-las para a prática, o que, segundo diz, inviabiliza suas iniciativas e faz os governos se mostrarem reticentes a elas.

Por que é que a gente é assim? Por que fechamos os olhos para estes alertas, apesar de estar claro que é apenas uma questão de tempo para as conseqüências nefastas de essas previsões começarem a afetar brutalmente nossas vidas e, principalmente, as vidas de nossos filhos e netos? Acho que a nossa espécie, apesar da capacidade relativamente bem desenvolvida de prever o futuro, é menos competente na hora de mudar suas atitudes, mesmo quando colocada contra a parede. Enquanto não superarmos esta limitação, não haverá espaço para a esperança.

DESMATAMENTO



O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.

Desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica

Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.

Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.

Urbanização e desmatamento

O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.

Queimadas e incêndios

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.

No mundo

Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.

As ações contra o desmatamento

Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos têm o direito de viverem num mundo melhor.

Vale lembrar:

- O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas.

El Niño






El Niño é o nome dado a um fenômeno que ocorre nas águas do pacífico e que altera as condições climáticas em diversas partes do mundo. Este nome foi dado por pescadores do Peru em razão de a costa do país ser muito atingida pelo fenômeno e causar graves danos aos pescadores, principalmente. O El Niño dura de 12 a 18 meses em média em intervalos de 2 a 7 anos com diferentes intensidades. Quando ocorre o fenômeno as mudanças do clima são diferentes em cada parte afetada do mundo como por exemplo secas no sudeste asiático, invernos mais quentes na América do norte e temperaturas elevadas na costa oeste da América do sul, que faz com que os pescadores do Peru sejam prejudicados. Todas estas mudanças ocorrem devido ao aumento da temperatura na superfície do mar nas águas do pacífico equatorial, principalmente na região oriental. Isto faz com que a pressão na região diminua, a temperatura do ar aumente e fique mais úmido, no pacifico oriental. Esta mudança nesta parte do mundo causa uma mudança drástica de direção e velocidade dos ventos a nível global fazendo com que as massas de ar mudem de comportamento em varias regiões do planeta.

Efeitos do El Niño no Brasil

Os efeitos do El Niño no Brasil causam prejuízos e benefícios. Mas os danos causados são muito maiores que os benefícios, então para o Brasil o fenômeno é muito temido, principalmente por agricultores. A região sul é, talvez, a mais afetada. Em cada episódio do El Niño é observado na região sul um grande aumento de chuvas e o índice pluviométrico, principalmente nos meses de primavera, fim do outono e começo de inverno, pode sofrer um acréscimo de até 150% de precipitação em relação ao seu índice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves prejuízos aos agricultores, principalmente de grãos. Estas chuvas também podem atingir o estado de São Paulo. As temperaturas também mudam na região sul e sudeste e é observado invernos mais amenos na região sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em relação ao seu valor normal. Este aumento de temperatura no inverno trás benefícios para os agricultores da região sul e do estado de São Paulo por não sofrerem os prejuízos da geada. No estado de São Paulo na maioria dos episódios não é registrada geadas com intensidade o suficiente para matar as plantações. No leste da Amazônia e no nordeste ocorre uma diminuição no índice de chuvas. Algumas áreas do sertão nordestino podem ficar sem registrar nenhum índice de chuva nos meses de seca e nos meses em que pode chover não chove, sendo assim as secas duram até 2 anos em períodos de El Niño. Mas os períodos de seca não se limitam apenas ao sertão e até mesmo no litoral há um grande déficit de chuva. Os agricultores do nordeste também são prejudicados pela falta de chuva e sofrem graves perdas para a agricultura.